Introdução
Acredito que em algum momento da sua trajetória profissional, você já se deparou com o termo “ERP” no mundo corporativo.
Embora este seja um conceito já bastante difundido no mundo dos negócios, ainda gera muitas dúvidas e confusão com outros termos similares como CRM, SCM, SRM, HCM, PLM entre outros. É uma verdadeira sopa de letrinhas, que irei explicar as diferenças e esclarecer de uma vez por todas neste artigo.
1. O que é um sistema ERP?
O termo ERP, ou melhor, a sigla ERP significa Enterprise Resource Planning, que em português representa Planejamento de Recursos Empresariais, ou seja, é um sistema/software desenvolvido para controlar todo o processo e fluxo de informação de uma organização.
Esta modalidade de software, permite que todas as áreas da empresa como o: financeiro, vendas, estoque, contábil, RH entre outros, trabalhem de forma integrada em uma única plataforma. Isso significa que a informação consegue transitar entre todos os departamentos passando por todas etapas de um processo sem a necessidade de diversos controles paralelos como planilhas, por exemplo. Isso evita retrabalho e minimiza os riscos de erros.
Mas isso nem sempre foi assim. Antigamente, antes do surgimento dos sistemas ERP, era bem diferente. Cada área tinha seu próprio controle e de forma bastante manual estando bastante suscetível a erros e com capacidade de processamento de informação limitada.
Os sistemas ERPs vieram para resolver estes problemas, para simplificar a operação e torna-la mais segura. Hoje temos uma vasta opção de sistemas ERP, nacionais e estrangeiros que atendem empresas de pequeno a grande porte.
Em muitos casos, os sistemas ERP são divididos por módulos, permitindo maior flexibilidade e segurança da informação para as áreas, porém todos sempre se conectam, de modo que a informação percorre um único fluxo.

Embora costuma-se dizer que o sistema ERP é coração da empresa, nem só de ERP vive uma empresa. Existem diversas outras plataformas especializadas, que transitam aonde o ERP tem maior dificuldade chegar, como vamos conhecer a seguir.
2. O que é CRM?
Vamos começar pelo o que representa a sigla CRM = Customer Relationship Management, que traduzindo literalmente é Gestão de Relacionamento com o Cliente.
Em outras palavras trata-se de um software no qual você consegue registrar todas informações do seus leads e clientes, como: dados cadastrais da empresas, segmento, porte, estrutura e principalmente os dados das pessoas, como preferências, gostos, data de aniversário e informações estratégicas que permitirão uma abordagem mais personalizada.
Além de informações cadastrais e estratégicas para melhor gestão da carteira e relacionamento com o cliente, o CRM é fundamental como ferramenta de trabalho para o dia a dia do vendedor. Através do CRM é possível gerencias todos os tipos de atividades como ligações, e-mails, reuniões, visitas, follow up e tarefas em geral. Assim nada fica para trás.

No CRM é possível também acompanhar todo o processo comercial, monitorando todas as etapas de uma oportunidade, desde o primeiro registro do lead até a negociação e assinatura do contrato. Todo esse processo também é conheço como Pipeline ou Funil de Vendas.
Por último, o CRM é uma ótima ferramenta, para controlar metas e indicadores de performance de resultados. Existem versões que contemplam até mesmo ranking de vendas para as equipes acompanhar sua performance. Sem dúvida nenhuma é uma ferramenta elementar para a força de vendas de uma organização.
3. O que é SRM?
O SRM (Supplier Relation Management), é quase que o oposto do CRM, pois enquanto o CRM é mais focado para área de vendas, cuidando da gestão de relacionamento com os clientes, o SRM é para área de compras e suprimentos, se encarregando da gestão de relacionamento com os fornecedores.
Da mesma forma que um dos princípios básico do CRM é cadastrar clientes e contatos, o SRM também funciona assim para cadastrar fornecedores e seus contatos, assim como as suas particularidades como por exemplo nível de qualidade do serviço ou produto.

O SRM simplifica todo o processo de compras, a começar pela homologação dos possíveis fornecedores, seguindo para todo processo de requisição, cotação e aprovação de pedidos de compras conforme o nível de alçadas.
4. O que é SCM?
O SCM (Supply Chain Management), tem uma grande proximidade com SRM. Embora seu foco não seja a gestão de fornecedores, ele lida com todo processo de suprimentos, isto é, faz o gerenciamento de toda a cadeia de suprimentos através de tecnologia.

O princípio básico e planejar e controlar toda a cadeia produtiva da organização e isso vai além, do fornecedor direito, mas sim todos fornecedores que fazem parte da cadeia de suprimentos, ou seja, o fornecedor do fornecedor até o final do processo no cliente e no cliente do cliente.
Parece um pouco confuso não é mesmo? Mas em linhas gerais, ele monitora desde o momento 1 até o último elemento de toda a cadeia produtiva, com total rastreabilidade dos processos de ponta a ponta.
O objetivo é facilitar e distribuição, otimizando custos com a integração de infraestruturas, trazendo maior eficiência operacional e redução de desperdícios, melhorando o nível de serviço e satisfação dos consumidores finais.
5. O que é HCM?
O HCM da sigla Human Capital Management, traduzido em Gestão do Capital Humano, é uma plataforma direcionada para o uso da área de RH das empresas e seus colaboradores.
Através do HCM é possível controles processos como: recrutamento & seleção, integração, treinamentos, avaliação de desempenho, registro de ponto, cargos & salários, medicina & segurança, folha de pagamento, férias, holerites etc.

Um dos principais motivos em se adotar uma plataforma de HCM é visando automatizar os processos de gestão do capital humano, acelerando a transformação digital e liberando os gestores para focar em tarefas mais gerencias e estratégica e menos em questões operacionais.
6. O que é PLM?
O gerenciamento de ciclo de vida de produto, em inglês Product Lifecycle Management (PLM), é uma ferramenta que integra todas as informações sobre o desenvolvimento de um produto ou projeto.
Todas informações são agrupadas de modo que não se percam durante o ciclo de vida de um produto. Informações como levantamento de requisitos, análise de riscos, gestão do tempo, recursos e qualidade do projeto, partes interessadas (stakeholders) e aquisições.

Todo esse aprendizado é transformado em produtos mais competitivos e as empresas podem acompanhar todo o desenvolvimento do produto, desde a ideia até o descarte ou remoção do produto do mercado.
Conclusão
OK, já entendemos o conceito de cada tipo de sistema. Mas ainda resta a dúvida vale 1 milhão: “Mas o ERP já não oferece todos esses recursos?”. A resposta é SIM e NÃO.
De fato o ERP é uma junção de todos os recursos acima, mas não existe um sistema que seja melhor em tudo e 100% aderente em todas as operações das empresa, pois cada empresa possui a sua particularidade, o seu diferencial competitivo, sua cultura e forma de trabalho.
É por essa razão que existem além do ERP, plataformas especializadas que dependendo do cenário, podem desempenhar um papel mais eficaz e adequado as necessidades de cada empresa.
